quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Folclore cearense é tema da programação cultural da ICID+18

Visita guiadas aos equipamentos culturais de Fortaleza, exposição e apresentações artísticas no Centro de Convenções integram a programação da ICID+18

No mês do folclore (agosto), a II Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas (ICID) entra no clima cultural do Ceará. A ICID+18 reúne de 16 a 20 em Fortaleza participantes de diversas regiões áridas e semiáridas do mundo, no Centro de Convenções. Na ocasião, a Secretaria da Cultura do estado apresenta uma vasta programação cultural voltada para a produção cearense em cultura popular. Durante todos os dias do encontro haverá exposições de artesanato, cordel, xilogravura, seminários, apresentações musicais, festival de curta-metragem e visitas guiadas de ônibus aos equipamentos culturais de Fortaleza.

Um dos destaques da programação é a presença do caminhão do projeto Patativa Encanta em Todo Canto, que leva a obra de Patativa do Assaré para os municípios cearenses e que estará no Centro de Convenções do Ceará durante todo o evento, divulgando a obra do poeta centenário e realizando atividades que remetam à sua poesia.

A programação cultural tem início às 12h da segunda-feira, dia 16, no Centro de Convenções, com apresentação do Caminhão do Patativa e abertura das exposições “Artes Visuais na ICID”, “Semiárido aos Olhos da Xilogravura” e da Galeria do Cordel, onde serão expostos e vendidos folhetos de literatura de cordel, com destaque para o lançamento do folheto Literatura de Cordel – ICID+18, de Klevisson Viana e BC Neto. Também ao meio dia, começa o festival de curta-metragens, exibindo filme premiados em festivais de cinema cearenses.

O Maracatu Nação Fortaleza se apresenta às 18h30 com cortejo pelo Centro de Convenções e convida o público para um citytour até o TJA, onde serão recebidos com uma visita guiada ao Theatro José de Alencar, às 19h30, onde a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho fará apresentação gratuita no palco principal.

Na terça-feira, dia 17, a programação segue a partir das 8h, dando sequência às exposições e exibição de filmes, e contando ainda com estande de artesanato. À tarde, às 18h30, tem cortejo com o grupo Dona Zefinha no Centro de Convenções e os visitantes serão chamados a uma visita guiada ao Museu do Ceará.

Quarta-feira, dia 18, quem se apresenta às 18h30 é o mestre da cultura cearense Zé Pio, com seu reisado de crianças. Às 19h30, tem visita guiada ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC). Na quinta, é o dia de apresentação da cantoria nordestina, com presença de violeiros e cantadores do Estado e seguida também de visita guiada à um equipamento cultural de Fortaleza. A programação encerra ao meio dia de sexta-feira, dia 20.

ICID+18 - Segunda Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas ocorre 18 anos depois de sua primeira realização, e reunirá participantes do mundo inteiro, formuladores de políticas públicas, cientistas e membros da sociedade civil, no intuito de promover o desenvolvimento seguro e sustentável nas regiões semiáridas do mundo.


Assessoria de Imprensa da Secult:
Bianca Fellipsen
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Mais de 800 trabalhos já apresentados à ICID

Egídio Serpa

Já foram apresentados, para análise e seleção, 822 trabalhos científicos à II Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (ICID), que se realizará em Fortaleza a partir do próximo dia 16 deste mês de agosto. Em apoio à Rio+20, que se realizará em 2012, a ICID convocou cientistas de diversos países para a identificação de ações, desafios e oportunidades para um futuro melhor nas regiões áridas e semiáridas do mundo. Já confirmaram presença na ICID autoridades e cientistas de 95 países dos cinco continentes.

ONU lança Década sobre Desertos e de Combate à Desertificação na ICID

Como parte dos esforços para conter o acelerado processo de desertificação enfrentado por mais de 100 países e para mitigar os impactos do aquecimento global em regiões áridas e semiáridas do planeta, as Nações Unidas lançam, oficialmente, durante a abertura da II Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Áridas e Semiáridas (ICID 2010), a Década da ONU sobre Desertos e de Combate à Desertificação.

O lançamento global da Década será conduzido pelo Secretário Executivo da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), Luc Gnacadja, na presença dos Ministros do Meio Ambiente do Brasil, da Suíça, do Niger, de Burkina Faso, do Senegal e de Cabo Verde, além do governador do Ceará, Cid Gomes, do coordenador da ICID 2010, Antônio Rocha Magalhães, e diversas autoridades envolvidas na agenda de combate à desertificação. "Será uma década de discussões, debates e buscas de soluções para os problemas enfrentados por muitos países no mundo", prevê Gnacadja.

A Década das Nações Unidas sobre Desertos e de Combate à Desertificação pretende ser um marco de conscientização sobre as dimensões alarmantes da desertificação em todo planeta, e de cooperação entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, e entre os setores público, privado e sociedade civil, na elaboração de políticas de prevenção e de adaptação às mudanças climáticas nas áreas consideradas de risco.

A UNCCD considera áreas com risco de desertificação as zonas áridas, semi-áridas, subúmidas, e todas as áreas - com exceção das polares e das subpolares - com Índice de Aridez entre 0,05 e 0,65. Trinta e três por cento da superfície do planeta se encontram nessa faixa, atingindo cerca de 2,6 bilhões de pessoas.

Na região Subsaariana, na África, de 20% a 50% das terras estão degradadas, atingindo mais de 200 milhões de pessoas. A degradação do solo é também severa na Ásia e América Latina, onde mais de 357 milhões de hectares são afetados pela desertificação, segundo dados da UNCCD. Como resultado desse processo perde-se a cada ano, nos 11 países da América Latina, 2,7 bilhões de toneladas da camada arável do solo, o que equivale a um prejuízo de US$ 27 bilhões por ano.

Custo elevado - Segundo um estudo sobre os custos da desertificação na América Latina, conduzido pelo representante da UNCCD na América Latina, Heitor Matallo, mesmo considerando que a metodologia existente para a avaliação econômica deve ser aperfeiçoada, a fim de oferecer dados mais precisos, as estimativas das perdas em solos e recursos hídricos representam uma enorme perda econômica que afeta milhões de pessoas e contribui para a pobreza e a vulnerabilidade social.

No Brasil, onde mais de um milhão de quilômetros quadrados é afetado pela desertificação nos estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, o custo das perdas de solo e de recursos hídricos chegam a US$ 5 bilhões por ano, o equivalente a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), e afetam negativamente a vida de mais de 15 milhões de pessoas. Caso a previsão mais pessimista se confirme - de que a temperatura do planeta suba mais de 2 graus célsius -, até 2100 o País poderá perder até um terço de sua economia.

Mais informações:
www.icid18.org
Cadija Tissiani
cadija@gmail.com
cadija.cerri@mma.gov.br
+55 61 2028 1221
+55 61 9988 9852